A estação de Antonina foi inaugurada em agosto de 1892 (ver caixa abaixo, de 1892), sendo desde então ponta de um curto ramal que partia de Morretes, na linha Curitiba-Paranaguá. A construção do ramal serviu de consolo para uma situação que vinha sendo discutida já havia cerca de vinte anos: qual dos portos seria o contemplado como ponta da linha da E. F. Paraná, Paranaguá ou Antonina? A primeira cidade ganhou a batalha e teve a linha inaugurada já em 1883, e a ligação com Curitiba completada dois anos depois. Antonina ficou literalmente a ver navios por mais sete anos. O ramal, entretanto, não evitou a decadência do porto, que continuou existindo e funcionando, mas em desvantagem com o de Paranaguá. A estação original, de madeira, ficava situada em um ponto diferente da atual, esta de alvenaria e construída em 1916. Ficava mais à frente e tinha mais à frente ainda um girador de locomotivas. A linha seguia até a praia onde existiam trapiches, junto ao centro da cidade. A velha estação foi destruída por um incêndio em 1914. Já a estação nova, mais na entrada da cidade, teve um triângulo para retorno das composições e não mais um girador. A partir de 1927, da estação de Antonina, passou a sair um ramal que foi explorado pela empresa Matarazzo até os anos 1990 e que leva ao porto. Nos anos 1970, o ramal de Antonina foi praticamente desativado com o fechamento do porto da cidade. Fechou para passageiros e logo a seguir para cargas entre 1977 e 1979 (ver caixa abaixo, de 1979) e foi reativado para cargas em 1980. Durou pouco, mas em 1985 voltou a funcionar. Em 1985, as litorinas que desciam a serra seguiam algumas delas também para Antonina. No início dos anos 1990 havia algumas excursões turísticas pelo ramal em datas festivas. Logo depois, abandono total e o ramal ficou coberto de mato até 2003, quando o ramal voltou a funcionar para cargas por iniciativa da ALL. Em 2003, a ALL, concessionária da linha, voltou a usar o ramal para transporte de cargas, que seguiamm passando pela reformada estação seguindo direto ao porto continuando pelo ramal que foi da Matarazzo. A estação, abandonada por muitos anos e restaurada no início de 2003 para receber órgãos da Prefeitura e os futuros trens turísticos - que chegaram em com a ABPF em 2005 - com uma das litorinas dos anos 1930, única que havia sobrado da antiga RVPSC. "Nesse mês de outubro (de 2008) efetuamos o reconhecimento do estado em que se encontrava o acervo da ABPF sediado em Antonina. A sala da ABPF na estação de Antonina se encontra em perfeito estado de conservação uma vez que a estação ferroviária tem constante vigilância dos guardas municipais. Ali se encontram estacionados a Locomotiva Diesel 001, a Automotriz alemã (MAN) nº 24, um vagão CAP transformado para transporte de passageiros e um vagão bagageiro em metal" (Boletim da ABPF, outubro de 2008). A litorina não tem mais feito o percurso. Aliás, até a ALL deixou de utilizar a linha, segundo Raul Carneiro Neto, em março de 2009.
Informações Gerais
Abertura do Prédio Original:
25/08/1892
Data de abertura do prédio atual:
1916
Tempo de Operação:
1892 - 1985
Operadora:
EFP - 1892 - 1942
RVPSC - 1942 - 1957
RFFSA - 1957 - 1997
FSA - 1997 - 1999
ALL - 1999 - 2015
RUMO Log. - 2015 - Presente